25.10.07

A mente humana é curiosa. Funciona de uma forma ininteligível.Eu passei por uma situação muito crítica ontem. De dor, de desespero, de perder as forças, de achar que o caminho era desistir de tudo, jogar para o alto a fagulha de esperança que me foi deixada. De me fechar para qualquer situação que pudesse representar qualquer possibilidade de dor. Matar. Ou morrer.E como diz o dito popular...nada como um dia depois do outro, com uma noite no meio.Essa noite eu tive um sonho estranho. Estranho de tão real. Aquele sonho que a gente acorda ofegante, como se tivesse acabado de viver carnalmente aquela situação. O corpo trêmulo, as mãos suadas, o coração acelerado. Como quando levamos um susto. E esse sonho, de tão real, até agora quando fecho os olhos, consigo sentir... dá pra relembrar os sons do local, a temperatura, o cheiro... sonho estranho. Tão real que parece que, já que não foi algo concretizado, pode ser algo a se concretizar.Tão perto e tão longe. Tão impossível e tão real.

Animais e matas....







Mais um dia acabou... outro dia começa... nada se modifica.Os meus dias passam, começam e terminam e eu mal vejo o que foi feito deles. Mal vejo o que se fez dessa vida. Mal sinto... ou sinto demais e já me acostumei com o exagero frequente de minhas emoções.E Lenine já dizia: até quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não pára.Mas se não parou, porque não consigo sentir o tempo correr? Porque tudo continua igual?É como se eu me visse parado no tempo. Como se um mesmo dia se repetisse e repetisse e repetisse. Os mesmos medos, as mesmas aflições, a mesma espera... nenhuma resposta.E o mundo me pede paciência. E a vida me apresenta apenas essa eterna espera. E eu me conformo com a resignação.