28.5.07

LUA....




Observo-te!...



Teu campo, teu domínio



Tua grandeza, tua proporção



Causa em mim, um tal fascínio



Que me entrego à contemplação...
Um oceano negro, salpicado



Reluzindo um brilho desigual



Em cada ponto teu, que é prateado



Há uma incerteza natural
Envolve a Terra com simplicidade



Interfere no comando da razão



Negas ao mundo tua claridade



Pois teu segredo, habita a escuridão
Os astros, súditos de teu reinado



São carícias, em teu revolto manto



Inspiram mistérios velados



Que chegam a causar-me espanto...
Sugere sempre o desconhecido



Incita toda a sensibilidade



Dominas o rumo de quem foi vencido



Pela fraqueza da curiosidade...
Causa-me inquietação



Quase um medo de te conhecer



Receio tua força, tua solidão



Quando te afastas ao amanhecer...
Céu... Infinito... Paraíso!



Quem sabe o que és realmente



Permaneces num ato conciso



Acolhendo este planeta incoerente...
Meus olhos brilham ao observar-te



Porto de almas infantis!



Meu coração deseja revelar-te



O quanto na verdade, me fazes feliz...